O QUE FAZER COM A FIBROMIALGIA?
A fibromialgia é estudada há mais de 100 anos, mas antigamente era comum usar o termo “fibrosite”. Já em 1990, o termo fibrosite foi abandonado, pois “ite” se refere há uma inflamação e na fibromialgia isso não ocorre.
A fibromialgia é uma síndrome crônica que incomoda diariamente o indivíduo portador. Ela é caracterizada pela dor neuromuscular, afetando diretamente de forma funcional, pois envolve músculos, ligamentos e tendões. Isso acontece devido disfunções neurofisiológicas envolvendo, principalmente, o sistema nervoso central (SNC).
Ela pode ser prejudicial no desempenho funcional de uma pessoa, apresentando déficit de locomoção, equilíbrio e limitação da amplitude de movimento articular.
Ao ouvir reumatismo, muitas pessoas acham que a fibromialgia pode afetar as articulações e gerar deformidades. Neste caso ela está classificada dentro do grupo de “reumatismo de partes moles”, isto é, que não afeta as articulações.
As doenças reumáticas geralmente são de caráter crônico, no entanto, podem ser controladas com o uso de medicações e a prática REGULAR de exercícios físicos.
O diagnóstico muitas vezes é difícil, pois não existem exames laboratoriais que confirmem o quadro de fibromialgia. Os critérios para diagnóstico é a anamnese e exame físico, que é realizado através da digito-pressão em 18 pontos específicos do corpo. O critério de resposta dolorosa, em pelo menos 11 desses 18 pontos, é considerado como um dos critérios de diagnóstico.
Muitos pacientes não conseguem distinguir o local da dor, se ela é muscular ou articular, pois referem que não há um lugar no corpo que não doa. Isso acontece porque os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade à dor maior, do que pessoas sem a condição.
O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem a fibromialgia e outras não, ainda são desconhecidos. Porém, seu surgimento está associado à alguns fatores:
Genética: Em pessoas da mesma família é comum encontrar outros portadores da doença;
Indivíduos portadores de lúpus, artrite reumatoide ou espondilite anquilosante estão susceptíveis a ter fibromialgia.
Fatores como sedentarismo, situações de estresse e eventos traumáticos, também são associados à Fibromialgia.
Geralmente as pessoas que sofrem de fibromialgia tem a musculatura tensa e fadigada, o que propicia a ter algumas alterações posturais desencadeadas pelo desequilíbrio muscular.
O Pilates na fibromialgia é aplicado nesses pacientes com exercícios de baixo impacto, o que traz benefícios à saúde do praticante, como:
Fortalecimento Muscular Global
Melhora as Funções Neuromusculares
Correção Postural
Melhora a Circulação e Oxigenação das Fibras Musculares
Diminui as Contraturas através do Relaxamento Muscular
Aumenta e mantém a Flexibilidade Muscular
Aumenta a Coordenação e Equilíbrio
Melhora a Mobilidade Articular
Melhora a Capacidade Respiratória
Garante melhor Condicionamento Físico e Mental
Alivia o Estresse e a Ansiedade
Estes são alguns dos benefícios do Pilates na Fibromialgia, que ajudam a manter os músculos condicionados e saudáveis, diminuindo a intensidade da dor e, deste modo, facilitando na realização das atividades do dia a dia.
Por este motivo é muito importante a prática regular de Pilates na fibromialgia, pois quando realizado o organismo reage estimulando a liberação de endorfinas que atua como efeito analgésico, proporcionando a sensação de bem estar ao praticante.
Isso é comprovado no estudo de Komatsu et al. (2016), que teve como objetivo avaliar os efeitos do Pilates em relação a dor, em 20 mulheres com diagnóstico de fibromialgia. 13 delas foram aleatoriamente para o grupo de tratamento (GT) e 7 para o grupo controle (GC).
O GT realizou uma hora de Pilates, sendo 2x na semana, por 8 semanas. Já o GC manteve o tratamento inicial sem realizar aulas do Método Pilates.
Os resultados obtidos neste estudo demostraram resultados significativos na intensidade da dor, na qualidade de vida e no número de regiões dolorosas (p<0,05) no GT, ao passo que não há diferenças estatísticas para o GC (p>0,05).
Além do tratamento medicamentoso, inclui o não medicamentoso, que faz parte a alimentação (não é comer pouco, mas sim comer com qualidade), terapia comportamental (acompanhamento com psiquiatra e psicólogo), boa qualidade de sono, exercício físico regular e constante. Tudo isso junto é capaz de reduzir as doses da terapia medicamentosa. O remédio sozinho, não é capaz de reduzir as dores nem da fibromialgia nem de outras patologias, o remédio trata a consequência e não a causa da doença.
É necessário se manter ativo fisicamente para adequar a musculatura, fazer um reequilíbrio postural e hormonal para que chegue em níveis altos e com isso o medicamento vai diminuindo. Experimente, mas se permita mudar de vida, não 1 mês, 2 meses, é tudo a longo prazo e, a partir de 4 meses (30 aulas), de acordo com Joseph Pilates, você já começa a sentir os benefícios e ter um corpo completamente modificado.
O Pilates na Fibromialgia é uma excelente alternativa para os pacientes, pois atua tanto na prevenção de outras patologias, quanto no tratamento das dores reumáticas.
O que NÃO pode ser feito é o repouso, aliás, o repouso é indicado APENAS em fases agudas de doenças, a partir daí o EXERCÍCIO é um grande aliado na diminuição de dores crônicas e promoção do bem-estar. NÃO FIQUE PARADO, O SEDENTARISMO TRAZ COM ELE INÚMERAS OUTRAS DOENÇAS E CADA VEZ MAIS MEDICAMENTO, UM PARA COBRIR O EFEITO NDO OUTRO. PRATIQUEB EXERCÍCIO, PRATIQUE PILATES E CONDICIONAMENTO FÍSICO.
Mirella Saliba
Fisioterapeuta e ed. Física
@reabilitestudiodepilates
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